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July 29, 2011

Call me Elmyra

Quem me conhece sabe que eu sou LOUCA por cachorros. Louca mesmo. Perdidamente apaixonada por todas as raças e tamanhos e cores (a única exceção é o Poodle; ô cachorrinho mais sem-graça e irritantante!).

Então quando vi, há umas três semanas, uma faixa na frente da Associação Rural de Bolotas anunciando que haveria uma feira de exposição de cães, esfreguei uma mão na outra e pensei: tá pra mim!

Chegado o dia, acordei cedo, almocei cedo e fui pra lá. Cedo.

Tinha de tudo, minha gente! Pug, Golden Retriever, Labrador, Buldogue inglês, Boxer, Buldogue francês, Mastim, Dobermann, Chiuaua, Staffordshire, Beagle, Fila, os adoráveis e totalmente fofos Bull terrier, Akita, Shar-pei, Chow-chow, Shi-tzu, e até Corgi!! Enfim, todos representados por pelo menos dois exemplares. Uma delícia para os olhos, para as mãos e para o coração.


Os donos eram, em sua grande maioria, proprietários de canis em Porto Alegre. Pessoas muito bacanas aquelas de Porto Alegre (se você é de Bolotas, sabe do que eu estou falando)... Durante as várias horas em que estive lá, só tive uma reclamação, mas nem foi da feira, foi de um criador (explico a seguir).
Para quem nunca foi em expo de cães, funciona assim: os adoráveis quadrúpedes são colocados em cercadinhos até que a sua raça seja chamada para competir e se exibir para os juízes. Quando isso acontece, eles vão para o grooming, mais conhecido como "embelezamento" e, dali, para a pista de competição.
Enquanto os peludos estão no cercadinho, é uma festa: todo mundo faz xixi e cocô em folhas de jornal distruibuídas por todo o pavilhão, e o acesso ao afago é liberado (o afago é a parte que eu mais gosto, obviamente). Depois eles são excluídos do contato com o público para não serem descabelados até que os juízes os vejam.
Se você não consegue mais ir adiante nesse texto por causa do "cocô" mencionado acima, não se preocupe. Não é preciso riscar da sua agenda as exposições de cães. Na verdade, a maioria das pessoas nem vê a sujeira dos totós. Nesses eventos existem equipes de limpeza à postos só para este fim.
Então eu vi de longe um jovem Buldogue francês. Bem da cor que eu estava com vontade de comprar há alguns anos (o preço é, em média, de R$5.000,00 - tive que repensar) Desnecessário dizer que meu impulso Felícia gritou alto (você não conhece Felícia, a ruiva do Tiny Toons? O nome dela é Elmyra, em inglês).


"I'm gonna hug you and squeeze you and love you to pieces!"

Tive que ir dar oi pra ele. E não é que, no mesmo instante, se aproxima um homem e diz: "É melhor não tocar, ok? Por segurança". Pensei: segurança minha ou do cachorro? porque, convenhamos, vocês já viram um Buldogue francês?




Uma boquinha daquele tamanho não poderia jamais me fazer algum dano, mesmo que quisesse. Não tendo nada a perder e muito a ganhar, fiz carinho no bichinho.
Menino! O homem veio correndo, tirou o cachorro do cercadinho e o levou para longe de mim. Fez-me sentir a pior das criaturas.
Continuei a perambular e encontrei outro Francês. Esse sim, eu podia segurar, abraçar, apertar, beijar (mas não beijei, eca! Mas se quisesse, também podia!). Com a auto-estima restaurada, perguntei à proprietária por que motivo, razão ou circunstância o outro criador não me deixara tocar no cachorro.
Ela me disse que talvez fosse porque o cachorro fosse neném e, como tal, não tinha todas as vacinas ainda. Faz sentido, né? O fofuxo estaria exposto às quaisquer agentes infecciosos que porventura aparecessem. Ela tava certa, o totó tinha cara de novinho, mesmo.
Mas... peraí!! Se o cachorro não pode ter contato com agentes externos, o que ele está fazendo em uma exposição onde só tem cachorro, cocô, criança melequenta e gente que adora brincar com cães?? O homem era um idiota, mesmo.
De qualquer modo, continuei o passeio, e vi uma raça meio diferente. Parecia ser alguma cruza de buldogue. Simpáticos. MUITO simpáticos. Gorduchinhos, brincalhões, uma boca enorme e patas incríveis. Perguntei ao rapaz que cuidava os cercadinhos que raça era aquela. Ao dizer que era "Buldogue Campeiro", fiz uma cara de "hein?", então ele me deu um folheto em que se lê:
"Você gostaria de ter um cão bonito, equilibrado, confiável para o convívio com crianças e guardião de sua propriedade?  Buldogue Campeiro - um cão brasileiro, saudável, rústico e funcional."
Dá uma olhada na carinha:


Valeu por toda a exposição. Mal posso esperar pela próxima.

Mais informações sobre a raça em www.canilpeaocampeiro.com.br